domingo, 20 de dezembro de 2009

Soneto de união.

Trarás à vida que tenho uma completude!
Aos sonhos, aos desejos, ao chamado; as virtudes!
Todos os bens e cruz, como um, desfrutarão
As unidas vidas – completas vidas! Um só coração!

Aos sonhos, trarás desfechos e interpretações;
Aos desejos, controle, insondáveis imaginações!
Felicidades e pesares nos farão rir, sorrir, amar
Mesmo depois de guerras, de dor, ou prantear!

Sou praia tu mar, Banha-me!
Sou asa tu vento, Sustenta-me!
Sou sede tu água, Mata-me!

Bem e cruz somos os dois...
Inseparáveis, sempre juntos, um!
Até que a morte eternize!



David do N. Luz
Rio, maio de 2005.

Fazer forçado

Fazer forçado, Ninguém é livre!
Precisa-se de servo: alegre ou triste.
Desejo negado, Como se é feliz!
Sigo morrendo pelo fazer que quis.

Das vontades que tive morro
Dos desejos que guardo sofro
Da opressão fartam-se
Da liberdade privam-me

Ninguém Se é livre, Como é bom voar!
Pássaro lindo homem laço encarcerado
Livre escravo manso bravo fazer forçar...

Livre vôo! Destino inserto aterrissar.
Não há quem voe, o fazer forçado,
Não há ensinado o saber pousar.



David do N. Luz.
Rio, maio de 2005.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Nova cidadezinha

Casas entre prédios
Mulheres entre assédios
Provar desamor berrar

Um homem vai correndo
Um cachorro vai morrendo
Um burro vai forçado

Correndo... as janelas se vão de olhar

Vida sinistra, meu brother!


David do N. Luz
Rio, maio de 2005.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O novo antigo poema



Sempre que a ti venho,
sinto em meu coração
que novo poema tenho.
Novo é o poema
com suas palavras
que lhe traz o tema
alimentando-o da saudade,
qual antigo fogão à lenha.
Me engana o poema,
pois novo não é.
Nem o quero,
se novo vier .
Quero o antigo poema
gritando o antigo tema:
Eu amo esta mulher!



David Luz (16/12/2009)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Despedida















Na morte do outro, choro Eu.
Na falta do outro, morro Eu.
Voltarei a vê-la! - Gritam as lagrimas.
Mas o amor me faz sofrer a Ida-eterna.


Na vida tua, pude sorrir
Na presença tua, oh! Eu vivi!
Voltarei a vê-la! - Grita a alma.
Contudo, o amor ... sempre o amor!


Vá! Vá! Eu irei mais tarde.
Deixai-me viver o que me ensinaste!
Deixai-me viver o amor que me deste!


Adeus! Sim!A Deus pertences agora.
Foi sempre assim, ontem, hoje
E o será por toda a eternidade.








(David Luz- Um dia nos veremos Vovó! 02/06/2009)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Ânsia de amor



Vento frio qual pele molhada,
trazes- me à face sofrida
a saudade aquecida
nos beijos de minha amada.

Tempo, és sempre de mais
quando longe de seus beijos
afogado em desejos
minha boca jaz.

Amor qual eternidade,
fazes-me ser todo dela
quando ao coração interpelas:
Sim, tu a amas de verdade!


David Luz
25/07/2009


Nada digo eu.

Nada digo eu.
Não digo nada mais...
não digo e não falo...
não falo nada mais...
não falo e não declaro...
não declaro nada...
nada declaro e ...
somente me calo..
calo e não digo...
e não falo que dói...
ou corrói ...
que destrói...
não destrói, mas...
dói e não corrói...
E nasce, cresce...
desce... não cresce
só pedi: pra crescer, pra
viver; e não dizer
o que palavras
conta não dão e
músicas insuficientes são
e vida, não... basta!
só gasta o tempo a vida...
não digo, não falo, não vivo...
não morro nem choro nem sorrio,
mas amo!

(David Luz - nada digo eu)

Dias felizes


-->
“Dias felizes não fazem poetas!...”
Alguém exclamou, morrendo, sem sonhos.
“Não se ama por quem é amado!..”
Gritou um solitário, com rancores.
De repente, porém,
calaram-se,
Arrependeram-se
Suspiraram
Pois viram a nós:
Juntos
Apaixonados.
Renasceu-lhes,pois a esperança.

David Luz 

Desabafo.


-->










 ...
 ...
 ...

Por mais que

Eu tente,

Não consigo;

É átomo abrindo.


É explosão vulcânica,

parto que

não pode

Ser esperado.


Cada segundo que

se demora à vida,

É o abraço eterno

ao nunca Desejado [...]


É preciso mas não possível.

É o sentimento maior que a necessidade?!

É a própria Necessidade em oposição a necessidade

De fazer o que manda a razão.

O Sentimento,

Esse à qual me refiro,

Com o coração é que se sente e com os OLHOS denuncia-se.

É o Desejado em objeção ao indispensável.



Por mais que me cale

as circunstâncias de tudo grosseira,

morro se não falar-te,

gritar-te, fazer prorromper-me com sonoridade:

Parei...Esperei...Expirei!

Teus OLHOS estes sim

calaram-me.



Estava de luto!

Morreu?!

O que o Teu coração

guardava Morreu.

Então morri por dentro.

Abriu-se o átomo,

Explodiu-se o vulcão em chamas imortais que matam,

Morreu o que anelava nascer.



Não falei

nem vivi,

somente Morri

E Desejei.




David Luz

Amor predestinado


Antes de tudo, eu te amo!
 
E no final de tudo te amo!


Porque sempre te amei.

Ainda quando não te amava,

já me deleitava nesse amor.

Enquanto te esperava eu te amei

E agora que chegaste te amarei.




David Luz

Identidade nacional

...










Somos exceção dum brado retumbante.
Brado que não demos!
Somos obscenos frutos dum povo infante,
Heróico e forte - Povo que não temos!


Somos o mar de excessos despercebidos
Pelos filhos desse solo desapercebido.
Somos o sonho intenso dos "Gigantes":
Nosso Bosque tem mais vida
E nossa Cidade mais amantes.


Somos ascensão capitalista inesperada.
Excelente maça em mãos desadestradas.
Eterna Progressão desOrdenada.
Num raio fúlgido, dum sol libertino,
Somos o lábaro que ostentas, ó Latinos!


Mas se ergues da Memória a clava inútil,
Verás que, por ti, entre nós, não há quem lute
Salve, Salve, cada um sua própria sorte!
Ó Patria armada, Em dor ladra da sua prole!


David Luz (01/12/2009)