terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Desabafo.


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Por mais que

Eu tente,

Não consigo;

É átomo abrindo.


É explosão vulcânica,

parto que

não pode

Ser esperado.


Cada segundo que

se demora à vida,

É o abraço eterno

ao nunca Desejado [...]


É preciso mas não possível.

É o sentimento maior que a necessidade?!

É a própria Necessidade em oposição a necessidade

De fazer o que manda a razão.

O Sentimento,

Esse à qual me refiro,

Com o coração é que se sente e com os OLHOS denuncia-se.

É o Desejado em objeção ao indispensável.



Por mais que me cale

as circunstâncias de tudo grosseira,

morro se não falar-te,

gritar-te, fazer prorromper-me com sonoridade:

Parei...Esperei...Expirei!

Teus OLHOS estes sim

calaram-me.



Estava de luto!

Morreu?!

O que o Teu coração

guardava Morreu.

Então morri por dentro.

Abriu-se o átomo,

Explodiu-se o vulcão em chamas imortais que matam,

Morreu o que anelava nascer.



Não falei

nem vivi,

somente Morri

E Desejei.




David Luz

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