sexta-feira, 19 de março de 2010

( ? )




Impôs o que sou, e ainda não eras ninguém muito precisamente.

Achou-me de intrometido e feito bandido que és - hoje doente -

Fizeste a ti dono meu quando nem mesmo teu o eras.

Quem o permitiu, cogito ainda hoje envolto nos trapos que MIM deixou.

MIM pôs tuas mãos acendedoras de velas - pra santos e defuntos -

Pensando MIM ser A Virgem deliciosa a espera do homem imundo.

E ao descobrir que meu prazer a outros já havia dado, te fizeste ainda o primeiro;

Contaste aos amigos, inimigos e todos me quiseram tomar-te,

Para assim como tu, MIM roubarem os tesouros que MIM foram dados quando ainda nu.

Impôs o que sou. E que coisa na verdade sou?

De Alencar, José MIM fez mulher - Iracema - de herói imundo que aqui pousou;

Macunaíma, sim!Andrade, disse o que sou!

Um pouco de cada, o mesmo que nada, conseqüência que restou.

 
 David do N. Luz

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