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Impôs o que sou, e ainda não eras ninguém muito precisamente.
Achou-me de intrometido e feito bandido que és - hoje doente -
Fizeste a ti dono meu quando nem mesmo teu o eras.
Quem o permitiu, cogito ainda hoje envolto nos trapos que MIM deixou.
MIM pôs tuas mãos acendedoras de velas - pra santos e defuntos -
Pensando MIM ser A Virgem deliciosa a espera do homem imundo.
E ao descobrir que meu prazer a outros já havia dado, te fizeste ainda o primeiro;
Contaste aos amigos, inimigos e todos me quiseram tomar-te,
Para assim como tu, MIM roubarem os tesouros que MIM foram dados quando ainda nu.
Impôs o que sou. E que coisa na verdade sou?
De Alencar, José MIM fez mulher - Iracema - de herói imundo que aqui pousou;
Macunaíma, sim!Andrade, disse o que sou!
Um pouco de cada, o mesmo que nada, conseqüência que restou.
David do N. Luz
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